Amesca era uma jovem pataxó, escolhida pelo seu povo para ser guerreira da aldeia, por ser uma escolhida ela não poderia ter filhos e nem se casar. Com o passar dos anos ela foi se tornando uma jovem linda e encantadora e acabou se apaixonando por um índio da mesma aldeia onde vivia.
Muito apaixonada a jovem se entregou para esse índio e acabou engravidando, ao sentir que era gêmeos ela se desesperou, pois segundo a cultura, um filho viria trazer o bem e outro o mau, acreditavam que isso era uma maldição e teriam que sacrificar um dos seus filhos, pensando nisto Amesca chorava todos os dias, passou todo o período da gravidez angustiada com isso. Quando chegou a hora de ganhar as crianças ela acabou falecendo e os índios então entenderam que a maldição teria morrido com a jovem.
A enterraram e depois de um tempo a tribo se mudou. Quando os pataxós voltaram para a antiga aldeia viram que na cova da jovem havia nascido uma árvore. Por soltar uma rezina branca parecendo lagrima e duas frutinhas grudadas muito doces como se fosse gêmeas, deram o nome para a árvore de amesca.
Uma árvore muito importante para os Pataxó. A sua seiva é usada nos rituais sagrados do povo Pataxó em forma de incenso, para espantar os maus espíritos e fortalecer os espíritos dos guerreiros. Também tem importante uso medicinal: a seiva serve para combater dores de cabeça, dor de dente, sinusite, dor de barriga e outros. Seu aroma é bastante agradável.
Tamires Lunkes.
FONTES:
Imagens: Farmácias Vivas. Disponível em <http://farmaciasvivas.blogspot.com.br>
Portal da Cultura Viva Pataxó. Disponível em <http://www.mukamukaupataxo.art.br/Historia-e-Narrativas-Pataxo>