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terça-feira, 31 de maio de 2016

Lenda Pataxó - A Lenda da Amesca

Amesca era uma jovem pataxó, escolhida pelo seu povo para ser guerreira da aldeia, por ser uma escolhida ela não poderia ter filhos e nem se casar. Com o passar dos anos ela foi se tornando uma jovem linda e encantadora e acabou se apaixonando por um índio da mesma aldeia onde vivia.

Muito apaixonada a jovem se entregou para esse índio e acabou engravidando, ao sentir que era gêmeos ela se desesperou, pois segundo a cultura, um filho viria trazer o bem e outro o mau, acreditavam que isso era uma maldição e teriam que sacrificar um dos seus filhos, pensando nisto Amesca chorava todos os dias, passou todo o período da gravidez angustiada com isso. Quando chegou a hora de ganhar as crianças ela acabou falecendo e os índios então entenderam que a maldição teria morrido com a jovem. 

A enterraram e depois de um tempo a tribo se mudou. Quando os pataxós voltaram para a antiga aldeia viram que na cova da jovem havia nascido uma árvore. Por soltar uma rezina branca parecendo lagrima e duas frutinhas grudadas muito doces como se fosse gêmeas, deram o nome para a árvore de amesca. 

Uma árvore muito importante para os Pataxó. A sua seiva é usada nos rituais sagrados do povo Pataxó em forma de incenso, para espantar os maus espíritos e fortalecer os espíritos dos guerreiros. Também tem importante uso medicinal: a seiva serve para combater dores de cabeça, dor de dente, sinusite, dor de barriga e outros. Seu aroma é bastante agradável. 






Tamires Lunkes.


FONTES:
Imagens: Farmácias Vivas. Disponível em <http://farmaciasvivas.blogspot.com.br>
Portal da Cultura Viva Pataxó. Disponível em <http://www.mukamukaupataxo.art.br/Historia-e-Narrativas-Pataxo>

Turismo na Tribo Pataxó

Para quem quer inovar em seus passeios, o turismo indígena é uma boa opção de lazer. No sul da Bahia, os índios das 17 aldeias presentes lá, recebem cerca de 50 mil visitantes entre os meses de dezembro e fevereiro. 

Na mata nativa da Reserva da Jaqueira, onde tem um significado especial para os Pataxó que falam que é morada dos espíritos, e um lugar repleto de energias positivas, já possuem água encanada, energia elétrica e banheiros. 

Na reserva são praticadas atividades como educação ambiental, aliada ao ecoturismo, pintura corporal, praticas de arco e flecha, degustação da culinária típica, adquirir artesanatos confeccionado pela própria tribo. 

Se você se interessou em conhecer a tribo, a empresa de turismo Pataxó Turismo, leva você a ter uma vivencia indígena, para qualquer outra informação, segue o site http://www.pataxoturismo.com.br/








Isabela Beltrão.


FONTES:
Portal G1 de Notícias. Disponível em <http://g1.globo.com/bahia/verao/2015/noticia/2015/01/turismo-indigena-e-opcao-de-lazer-para-quem-visita-extremo-sul-baiano.html>
Associação Pataxó de Ecoturismo. Disponível em <http://coorpy.com.br/associacao-pataxo-de-ecoturismo>
Pataxó Turismo. Disponível em <http://www.pataxoturismo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=154&Itemid=46>.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Festa das Águas – Aldeia Imbiruçu, MG


Festas das águas, Aldeia Imbiruçu-MG

Todos os anos no período da chegada das Águas, em 05 de outubro, acontece a Festa das Águas, o qual é um ritual dos Pataxós que simboliza fartura. Neste dia, pode-se vivenciar várias manifestações culturais dos Pataxó como as comidas, as danças, o artesanato, as pinturas, e as brincadeiras.

Na Festa das Águas os desenhos corporais se relacionam com os elementos da natureza, como o cipó da Hãmay e a pintura da “semente mauí na boquinha do peixe”- desenho que simboliza fartura. Há uma diferença também nos significados das pinturas nos homens e nas mulheres. Os desenhos dos homens representam Força e União, e o das mulheres Força, Proteção e Fartura. Na Festa das Águas também podem ser celebrados o batizado das crianças.

Na Aldeia Imbiruçu, a Festa teve seu início em outubro de 1991. No início eram apenas indígenas que participavam. Hoje, os Pataxó convidam, também, os não índios para participar desse ritual. O dia 05 de outubro é considerado um dia de muita fartura, muito alimento e muita alegria na Aldeia. Os Pataxó cantam, dançam, trocam brincadeiras, preparam várias comidas típicas e tomam o banho de água e de lama para “purificar o corpo e pedir que renove o nosso corpo, nossa vida”.



Myllena Maboni.



FONTES:

Portal da Prefeitura de Carmésia, Caminhando com o seu povo. Disponível em <http://carmesia.mg.gov.br/municipio/povo-pataxo>.
Video: Dança na Festa das Águas da Aldeia Imbiruçu. Disponivel em <www.youtube.com/watch?v=g-sA9lXVMVk>

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Língua dos Pataxós

O tronco lingüístico Pataxó é o macro-jê, da mesma família de línguas Maxacali, Os maxacalis, também chamados maxacaris (maxakalí), e a semelhança entre sons e significados são bem relevantes. Durante muitos anos a língua pataxó foi quase esquecida e por pouco não foi extinta, mas esse povo é guerreiro e através de um estudo de pesquisa, professores e lideranças pataxós da Bahia iniciaram um processo de revitalização da língua.

Conversaram com os mais velhos e conseguiram resgatar um montante de palavras que eram usadas no dia a dia e presente nas musicas Pataxó, através de um projeto de pesquisa. Depois de muita pesquisa e estudo, batizaram a língua de Patxohã que quer dizer: pat são as iniciais de pataxó: atxohã é língua e Xôhã é guerreiro. Ou seja, linguagem de guerreiro. Depois de realizado esse trabalho, começaram os intercâmbios entre os professores e comunidades pataxós de Bahia e Minas Gerais para que a língua pataxó fosse revitalizada entre os povos que residem em outro estado.

Patxohã é ensinado nas escolas pataxós para as crianças com a finalidade de manter viva a cultura através não só da língua, mas de todo um trabalho cultural realizado por professores indígenas, que atuam como agentes culturais.

Livro com orientações metodológicas, registradas a partir das experiências desenvolvidas nas escolas indígenas, resultantes do exercício constante de concretização de uma educação especifica e diferenciada. Professores Pataxó sistematizaram novas experiências, novos saberes e novas práticas, na busca da reafirmação dos saberes e valores étnicos de seu povo.


Atualidades: Hoje a maioria dos pataxós.Vivem na Aldeia Barra Velha (Arahuna'á Makiame) Comemoram 500 anos de Brasil, na aldeia a cultura é ensinada em um colégio com infra-estrutura moderna para atender a necessidade da educação na aldeia, assim pois tendo quatro professores da Lingua Pataxó, com intuito de passar o legado para as crianças e jovens sobre o bem cultural que é a lingua materna, e os jovens aprendem a lingua indígena, musica e dança, e em comerações na aldeia eles sociabilizam a cultura entre si tornando assim possível a comunicação entre eles.

Algumas palavras em Patxohã:

Akuã: flecha
Anerron: você
Baiachú: bonito(a)
Bodiapé: pão
Borê: ouriço ou caça
Crukê: comer
Foró: apagar
Guarapijope: guaraná
Há-ru-rê-rê: chamando
Hahãu: terra
Inrré: moça
Jaroba: bebida indígena
Kamaiurá: coragem
Nitinwã: frutas
Macaíaba: beijú
Tornon: vai



Victor Serra.

FONTE:
Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade Materiais Didáticos e Para-Didáticos em Línguas Indígenas. Disponivel em <
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/indigena/didatico_indigena.pdf>